Um dos principios políticos irrenunciáveis do movimento feminista e da luita das mulheres é a defesa da liberdade sexual e reprodutiva como um direito inalienável; que implica o reconhecimento da nossa capacidade para resolver sobre aquilo que afeta os nossos corpos e as nossas vidas.
Neste sentido, o direito ao aborto livre, seguro e legal forma parte intrínseca dos direitos do corpo, direitos que se sustentam em diversos tratados de direitos humanos consagrados internacionalmente. No entanto, no marco estatal, a interrupçom voluntaria dum embaraço nom é livre e um claro exemplo é a reforma ideológica da Lei do Aborto promovida recentemente polo ministro da justiça espanhol Alberto Ruiz-Gallardón, que mesmo condiciona a nossa saúde aos intereses e moralidade da ultraconservadora Conferência Episcopal. Mais mesmo antes de que o Partido Popular anunciase en Madrid esta reforma da legislaçom em matéria de interrupçom voluntaria do embaraço, na Galiza, desde as Consellarias de Sanidade e Benestar, o Partido Popular vem acometendo reformas e pondo em marcha iniciativas diversas dirigidas a impedir a livre eleiçom das mulheres sobre os nossos corpos, e sobre a nossa maternidade. A Junta de Galiza promoveu várias iniciativas que estabelecem e regulam umha rede de apoio á mulher embaraçada de apoio à familia e à convivência ao abeiro da Red Madre e a Plataforma do Foro Español de la Familia. Isto significa que desde entom, na Galiza, o labor de informaçom e asesoramento às mulheres recai em entidades privadas de caráter ultra-conservador e religioso, costeando com fundos públicos a sua propaganda anti-abortista e retrógrada.
Estas reformas, junto com o desmantelamento dos centros públicos de planificaçom familiar, assim como as políticas em matéria de igualdade do Partido Popular, constituem um retrocesso para as mulheres, e a nossa criminalizaçom polo feito de decidir sobre os nossos corpos e a nossa vida. Os direitos coletivos das mulheres tenhem que estar por riba de toda tentativa de grupos conservadores para perpetuar os seus patróns sociais e moral ultracatólica. Exigimos o nosso legítimo direito a decidir sobre nós mesmas. Rebelamo-nos contra o rol tradicional nai-ama de casa. Reivindicamos um aborto livre e gratuito na sanidade pública
Por isso, de Isca! apoiamos e participaremos comprometidamente na manifestaçom nacional que sairá o vindeiro dia 28 ás 17.30 da estaçom de comboios de Compostela
Polo nosso direito a decidir: os nossos corpos, as nossas vidas!