Construamos a utopia feminista

No Estado espanhol vemos o crescimento dos sectores conservadores e a sua influência na política e na economia. É justamente o conservadorismo o que oferece umha boa justificaçom para o recorte nos serviços públicos: “Para que queremos umha sala de partos em Verim se as mulheres podem ter crianças em Ourense?” “Para que imos dar ajudas aos serviços dos cuidados se as mulheres vam cuidar das crianças e dos doentes de graça?”. Em geral, quem se empenha em reduzir os recursos públicos som os mesmos que recortam as conselharias de igualdade, os CIMM e que pretendem restringir o aborto legal. O capitalismo (e o patriarcado) continuam a manter as mulheres em situaçom de desigualdade, com menos acesso ao trabalho assalariado e direitos.
Temos observado que o feminismo amplia e se acomoda em vários sectores. Isto tornou a nossa agenda numha geral na sociedade e nom apenas dos movimentos feministas organizados. Há multiplicidade de grupos, mas muitos nom passam por reconhecer o carácter patriarcal do capitalismo e a centralidade da agenda do cuidado; a importância de defender a diversidade sexual; a necessidade de afirmar valores democráticos e formas horizontais de poder; e a importancia da auto-organizaçom das mulheres.
Fronte ao crescimento do feminismo há umha reacçom de mercado para incorporar o ideal de igualdade; basta ver legendas feministas em propagandas de roupa e cosmética polas mesmas multinacionais que exploram o trabalho e vida das mulheres. O capitalismo tenta fazer do feminismo umha parte mais do sistema.
A actuaçom de Isca! parte por umha crítica integral do actual modelo e pola aposta dum feminismo de classe que se opom à actual ordem capitalista, patriarcal e imperialista. Esta nom é umha aposta simples, mas para construir umha nova sociedade com novas relaçons, outra forma de organizar o trabalho, de garantir a sustentabilidade da vida é imprescindível.
Compreendemos que o nosso horizonte de transformaçom se construe em cada momento considerando o contexto e como operam as forças dominantes. Por isso, no ano em que as eleiçons estám marcadas, há muitas cousas em jogo para as mulheres e para o povo trabalhador galego, e nom temos dúvida de que queremos ser parte activa nessas definiçons.
A afirmaçom do carácter anticapitalista, antipatriarcal e antiimperialista do feminismo é essencial para que seja parte de um projecto alternativo de sociedade. Para irmos além do patriarcado e do capitalismo: construamos a utopia feminista!

Construamos a utopia feminista

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