Espanha vs Democracia

O 1 de Março, coincidindo com as eleiçons autonómicas na Galiza, terám lugar também na Comunidade Autónoma Basca, umha parte do sul de Euskal Herria. E, como cada proceso eleitoral naquela naçom, serve tristemente para ilustrar mais umha nova volta de porca nessa farsa que Espanha chama Estado Democrático de Derecho e na que dificilmente qualquer demócrata consciente poderá deixar de ver evidentes signos de fascismo.

As ilegalizaçons de partidos e impugnaçons de candidaturas negam o direito a expresar-se politicamente nas instituiçons a dezenas de milhares de pessoas. Ademais, configura progressivamente um cada vez maior apartheid ideológico no que as listas (pretas) de pessoas “contaminadas” nom para de aumentar. Essas pessoas tenhem literalmente proibidos os seus direitos políticos e civis fundamentais: nem participaçom eleitoral, nem direito de reuniom nem de manifestaçom. Desta vez, a própria metodologia para com @s implicad@s é ainda mais perversamente brutal: o “novo” procedimento de exclussom de determinada opçom política da competiçom eleitoral consiste em deter primeiro os porta-vozes ou dirigentes das correspondentes siglas por “vinculaçom com ETA” e, em paralelo, justificar em base a essas detençons a impugnaçom por serem, “obviamente”, franquícias do terrorismo.

Falamos de Batasuna, ANV, EHAK, D3M e muitas outras siglas e iniciativas políticas e sociais que ficárom à margem da legalidade espanhola, sometidas as arbitrariedade dumha justiça à carta que demonstra que som só os interesses políticos dos grandes partidos e do seu projecto de assimilaçom os que guiam as acçons dos juizes que estám às suas ordes. A independência judicial fica numa péssima brincadeira que tenhem que sofrer periodicamente @s militantes abertzales cada vez que um ou outro  magistrado recebe as ordes do governo de turno.

Agora, estamos em época de “mao dura”. Se bem nunca deixamos de está-lo realmente (as limitaçons de direitos, as detençons arbitrárias, as torturas, ou a dispersom nom chegárom a cessar nunca), durante o passado processo de negociaçom pudo-se albiscar a possibilidade de reconduzir o conflito cara a outras chaves. Porém, fracassada essa via, agora o que toca é que o PSOE demonstre que pode ser já nom tam duro como o PP na laminaçom da dissidência, senom até mais ainda.

O conceito de “entorno” expande-se até indefinidamente até abranger qualquer expressom política que se situe em determinados parámetros ideológicos. Em basse a isso, o argumento de “todo é ETA” server para criminalizar ideias e projectos, alimentando a mesma espiral de violência que se di querer evitar.

Neste caso, cumpre dizer também que as implicaçons concretas desta nova onda de impugnaçons a candidaturas abertzales podem ser especialmente graves: eliminando do Parlamento da CAV a segunda força nacionalista em apoio popular, a mudança da correlaçom de forças em favor do espanholismo é umha possbilidade factível. Espanha nom só joga contra democracia, senom que nom duvida em utilizar o fraude para ganhar a partida.

Partíllao!

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