Digamo-lo bem alto: Galiza é o nome do país

Perante a última polémica sobre o nome do nosso País, cumpre fazermos algumhas consideraçons.

Desde umha perspectiva estritamente lingüística (cousa assaz complexa, já que, como muitos lingüistas afirmam, a sócio-lingüística é parte fundamental da vida dumha língua, e nom periferia) é claro que o único termo sobre o que existe consenso em ser genuinamente galego é Galiza; mesmo entre os mais acedos defensores do isolacionismo como opçom normativa (Santamarina, por exemplo). A polémica entre eles centra-se, entom, em se “Galicia” é umha forma galega ou se, polo contrário, esta pertence ao espanhol (cfr. As Normas ortográficas e morfológicas do idioma galego, na sua enésima versom de 2004; frente ao “Estudo Crítico” destas da AGAL ou Montero Santalha: “Galicia ou Galiza”, 1978)

Sendo este argumento já suficiente para padronizar Galiza como forma única em qualquer norma, as consideraçons sócio-lingüísticas ao redor deste tema som avondo esclarecedoras, tanto na Galiza em geral como no ámbito do nacionalismo.

A primeira afecta à R.A.G. como a autoridade no ámbito da norma. É claro que esta nem sequer é umha Academia de Língua: pouca autoridade deveriam ter sobre este tema urbanistas como Andrés Fernández-Albalat, pessoas ligadas ao ámbito da reflexom filosófica, como Andrés Torres Queiruga, ou à Edafologia, como Francisco Díaz-Fierros, muito respetáveis mas que nom som especialistas do ámbito da codificaçom da língua.

Mas à parte da incompetência profissional, a R.A.G. tem sido historicamente um órgao apropriado polo espanholismo, e funcionado como agente empecedor da normalizaçom que diz defender: o episódio de Garcia-Sabell, que sendo Delegado do Governo do PSOE , recorreu a obrigatoriedade do conhecimento do galego no Estatuto de Autonomia, chegasse a Presidente da RAG, é avondo significativo. Assim prominentes nacionalistas o entendérom e renunciárom a ingresar nela, como Manuel Maria ou Xosé Manuel Beiras.

Mas a deriva institucionalista do BNG também afectou ao ámbito da língua, e pessoas ligadas a ele acabárom fazendo parte da R.A.G., o que provocou primeiro umha vergonhosa aceitaçom da norma oficial só ligeiramente maquilhada (do que fazia parte o aceitar parcialmente Galiza como nome do País); e posteriormente, ainda mais grave, a inclusom na proposta de “Estatuto de Naçom” da R.A.G. como criterio de autoridade nesta matéria. Nom duvidamos que seja precisso um órgao padronizador, mas aceitar a RAG como tal significa romper o discurso histórico do nacionalismo e tentar vestir (pobremente) a derrota.

E por último, se as pequenas mudanças que permitiram justificar a renúncia nom eram suficientes, “La Voz de Galicia” e o espanholismo querem a derrota total: se o BNG nem usava a forma “Galiza” em documentaçom oficial, imagen corporativa ou mesmo em partes de campanhas (a da Conselharia de Cultura sobre a presença no evento marítimo de Brest, onde aparecem Galiza e Galicia); isto nom é suficiente. O espanholismo quere banir o nome deste País de qualquer ámbito onde poda ter umha mínima repercussom.

Porque, ao fim, do que se trata é que Galiza é o nome dum país dono de si próprio e nom submetido, nem politica, nem social nem lingüisticamente; e “Galicia” nom é mais que um país colonizado reduzido a quatro províncias.

Isca! sabe onde quer estar, e qual é o futuro que procura: um país livre chamado Galiza.

Descarga asociada: Montero Santalha (1978) – Galicia ou Galiza?

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