Mulheres em marcha até que todas sejamos livres. Sob desta legenda vamo-nos reunir em Vigo a vindoura semana mulheres de todo mundo, decididas a superar todo tipo de obstáculo que nos separe da nossa auténtica libertaçom, dispostas a conhecer e compartilhar experiências com feministas que vivem outras realidades, seguras de que o trabalho, a luita e a formaçom som as melhores ferramentas para trocar um sistema que nos anula, nos invisiviliça, fai de nós trabalhadoras exploradas, objectos de decoraçom, cidadás de segunda categoria.
A Marcha Mundial das Mulheres, meiante este Encontro Internacional que tera lugar entre o 14 e o 21 de outubro no nosso país, e nomeadamente com o espaço adicado à soberania alimentar, lança umha aposta clara além das solidariedades pontoais e os descursos obrigados em datas sinaladas: chama-nos às mulheres do mundo a construir umha realidade na que nós sejamos protagonistas, umha realidade que lhe bote um pulso ao capital que nos explora, ao patriarcado que nos afoga, aos roles que nos oprimem, trabalhando em alternativas que troquem a vida das mulheres para trocar o mundo, que troquem o mundo para trocar a vida das mulheres.
Hoje e cada dia em todo mundo estam-se a librar inumeráveis e diversas luitas, cada umha num contexto diferente, desde umha forma distinta de entender o feminismo, com mais ou menos mecanismos para vissiviliçar-nos e fazer-nos constar como parte da história, mas todas som luitas que, independentes mas ao tempo combinadas, tecem umha rede de resistência ao patriarcado e à opressom de gênero que lhe planta cara ao sistema e a sociedade que este sostém.
O nosso empoderamento, a toma de consciência da nossa realidade e da necessidade dumha mudança estrutural é elemento imprescindível para dirigir as nossas luitas face bom porto, vencelhando as nossas conquistas cotiás com objectivos estratégicos que permitam formar umha sociedade na que as pessoas nom sejam etiquetadas com a injusta carga do rol de gênero. As mulheres, aqui e agora, temos que tomar a iniciativa nas nossas vidas, nos nossos corpos e nas nossas mentes, pois para mudar a realidade desde os seus cimentos cumpre a luita das mulheres: sem nós nom há revoluçom; a nossa pressência e participaçom activa na transformaçom social será a unica via que possibilite um mundo sem exploraçom. As moças feministas temos consciência de que a nossa independência é condiçom sine qua non para a construcçom de qualquer projecto transformador.
Cúmpre que todas e todos acudamos a este Encontro, umha ocassom única de formar-nos como feministas e de dar um passo adiante na construcçom dumha sociedade sem diferências.