Nem a igreja, nem o governo, nos nossos corpos decidimos nós!

“Nós parimos nós decidimos”, “Aborto livre e gratuito”, “Fora os rosarios, dos nossos ovarios”, som consignas clássicas do movimento feminista em defesa dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Consignas que nom pudemos deixar de berrar já que os constantes ataques aos nossos direitos apenas nos derom trégua.

A reforma da Lei do Aborto do Ministro de Justiça Alberto Ruiz-Gallardón é de feito um novo ataque contra a soberania do corpo das mulheres, e a falta de respeito as nossas decissons segue de raivosa atualidade. Desde 2011, a escalada discursiva de Gallardón e do Governo bota por terra os princípios dos direitos sexuais e reprodutivos: após anunciar a sua intençom de derrogar a lei de 2010 e retornar à de 1985, reinstaurando o permisso de pais, nais ou tutores legais para que as menores de 18 anos podam abortar, o Ministro de Justiça definiu a maternidade como o direito reprodutivo por excelência das mulheres. Em julho de 2012 avançou que reformaria a lei do 85 eliminando o suposto de interrupçom do embaraço em caso de malformaçom ou anomalia do feto, equiparando-o com o aborto eugenésico por discapacidade. Deste jeito presentava a medida como um mecanismo de apoio ás pessoas com diversidade funcional, utilizando o argumentário que os lobbies anti-eleiçom empregam desde há anos para legitimar a sua cruzada contra o aborto. Nom importa que centos de profesionais médicos rejeitassem a eliminaçom deste suposto, ao que se acolhem um 3% das mulheres que abortam e que se dá também em embaraços desejados. Ademais de que a lei atual non fala em nengum caso de aborto por discapacidade.

Enfrontamo-nos a um processo de reforçamento ideológico do patriarcado, orientado a que as mulheres aceitem a tutela sobre o controlo do seu própio corpo á vez que assumam o seu rol de nais-esposas como algo natural e inquestionável. O direito ao aborto nom é apenas o mais importante dos direitos reprodutivos, é também um dos mais importantes para as mulheres. Ao questionar o direito aborto questiona-se o direito de todas as mulheres a ser donas de sí próprias, do seus corpos, a ser livres em definitiva.

De Isca! rejeitamos esta e qualquer outra reforma que atente contra o nossos direitos sexuais e reprodutivos assim como a criminalizaçom das mulheres polo feito de decidir sobre os seus corpo e as suas vidas. Os direitos colectivos das mulheres nom podem depender dumha moralidade ultracatólica emcaminhada a perpetuar os patróns sociais do conservadurismo e é trabalho do movemento feminista manter umha atitude de alerta, na rua, para exigir que sejam as mulheres, e ninguém mais, quem decidam.

Reivindicamos o nosso legítimo direito a decidir sobre nós mesmas. Aborto libre e gratuito!

Partíllao!

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