Polo nosso direito a existir: nom a um decreto para o extermínio!

O 21 de janeiro toda a comunidade educativa do ensino nom universitário está chamada a umha greve para pararmos o decreto do galego no ensino que o novo governo do PP quer impor à sociedade galega. De Isca!, organizaçom da mocidade, nom podemos mais que aderir a esta greve e às mobilizaçons contra este decreto, incluida a manifestaçom nacional em Compostela.

As bases do decreto apresentado tenhem o objectivo final no ensino de pisar o acelerador da desapariçom da nossa língua: enquanto nos governos Fraga optava-se pola agonia silenciosa, mas profundamente eficaz (a maior descida de falantes de galego na história), de medidas legislativas declarativas e minúsculas, ademais de nulo cumprimento, o governo Feijoo acomete já retrocesos no cativo marco legal desmontando os tímidos avanços do bipartito e restando espaços ao galego. Este decreto vem ademais acompanhado de múltiplas medidas de desprotecçom da língua em distintos ámbitos da sociedade: no acesso à funçom pública, nos grupos experimentais de imersom em galego, nas ajudas à traduçom para o galego, etc.

Politicamente, este decreto intenta fazer equilíbrios entre os sectores mais galegófobos, ultras e neoliberais da sociedade e a ampla base social do PP com um descurso baseado na pseudo-igualdade, na pseudo-modernidade e na pseudo-eleiçom da língua no ensino; polo que temos que desmontar esse descurso e assinalar os objectivos que procura o decreto.

Sem conhecimento nom há liberdade! O presunto equilíbrio entre línguas deste decreto é falso, e só pretende perpetuar a situaçom de desequilíbrio e inferioridade social e legal em que vive o galego. Os dados mostram que o anterior decreto do governo Fraga, muito semelhante a este, nem sequer garantia o conhecimento do galego pola mocidade: converteu um 20% dos adolescentes galegos em analfabetos em galego. Mal se poderá escolher e viver num idioma que nem se conhece, e esse é o caminho que pretende o governo: converter o galego em idioma estranho e alheio à mocidade para caminhar cara a sua extinçom.

Sem igualdade nom há liberdade! Este decreto ademais ignora as mínimas obrigas legais de “fomento e protecçom” ou “incorporaçom progressiva” do galego no ensino. O galego vive num quadro jurídico geral (Constituiçom espanhola e Estatuto de Autonomia) que impom a desigualdade: só o conhecimento do espanhol é obrigatório, nom o do galego, o que provoca umha situaçom real de sub-oficialidade. Ao incumprimento das disposiçons minimas de apoio ao galego suma-se pois esta realidade imposta polo Estado, reforçando-se ambas na estratégia do extermínio.

A pseudo-modernidade é a escusa da reduçom do galego: a introduçom como língua veicular dumha outra língua estrangeira (o inglês, supom-se) publicita-se como a forma de “aprendermos idiomas” para “competir num mundo globalizado”. Desmontemos esta falácia: o conhecimento de idiomas estrangeiros é desejável, mas nom se pode fazer mediante umha legalmente questionável via idioma veicular equiparando-a ao galego, mas investindo adequadamente na sua aprendizagem: grupos reduzidos, metodologia moderna, etc, como em muitos outros países em que o amplo domínio da populaçom do inglês veu por esta via. O governo Feijoo pretende à vez evitar investir dinheiro no ensino público e usar o inglês de escusa para reduzir o galego, fomentando o auto-ódio e o complexo de inferioridade historicamente implantados na nossa sociedade.

Por último, temos que repetir mais umha vez que nom existe o direito de escolha da língua veicular, igual que nom existe o direito dos pais a decidir sobre se os seus filhos devem estudar ou nom física ou matemáticas ou qualquer outro elemento curricular do ensino. A decisom sobre modelos lingüísticos no ensino é umha decisom colectiva, nom só do cunjunto da comunidade educativa (professorado, alunado, APA’s), mas das sociedades no seu conjunto, dotando-se de leis e regulamentos: nom só os doentes e médicos escolhem sobre o sistema sanitário, ou os usuários das auto-estradas sobre o seu traçado, por exemplo.

De Isca! também reclamamos a retirada deste rascunho de decreto e, no mínimo, o cumprimento íntegro e efectivo do vigente Decreto 124/2007. De Isca! continuaremos na nossa aposta pola via da territorialidade das línguas e do monolingüismo social, via que tem servido para recuperar as línguas minorizadas de muitas naçons sem estado como a nossa. Polo nosso direito a existir: nom a um decreto para o extermínio!

 

Descarrega aqui o Rebater que repartiremos na mobilizaçom

 

Consulta anteriores exemplares da nossa folha agitativa Rebater sobre a temática da língua:

Manifestaçom Dia das Letras 2009: defender a língua contra as mentiras

Defender a língua nom é delito!

Galicia Bilngüe: desenmascarar as plataformas polo exterminio 

Manifestaçom Dia das Letras 2008: viver em galego, ganhar o conflito

 

Partíllao!

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