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A defesa da língua galega é um componente básico do nacionalismo galego. Desde o 1 de Março, e parte dum processo destes últimos anos, temos que afrontar unha nova situaçom: um governo hostil à língua e umha parte minoritária mas muito poderosa e beligerante da nossa sociedade que manifesta explicitamente umha vontade de exclusom sistemática do galego da vida social.

Evidentemente, tratam-se de situaçons relacionadas entre si: no governo e na sociedade. Ambas respondem a um discurso velho, mas remoçado na aparência: o seu discurso é o dominante hoje na direita, é dizer, de corte neoliberal: um pseudo-darwinismo social que justifica a extinçom de línguas em base a un pretenso “mercado livre lingüístico” onde os febles desaparecem, igual que o suposto laissez-faire económico capitalista condena as maiorias à pobreza. Assim pretenden obviar as forças políticas que intervêm nos processos económicos ou sociais, esquecendo por exemplo que a suposta escolha de língua no ensino (tal como na sociedade em geral) nom é um direito individual senom unha decisom colectiva a exercer através de modelos lingüísticos conformados na esfera política.

Hoje o novo governo aponta directamente, e como primeira medida, a destruir os pequenos avanços do anterior, especialmente o Decreto 124/2007 do ensino ou o uso do galego nas Galescolas. O governo actual, baixo a nova etiqueta do “bilingüismo amável”, recriaçom degenerada do “bilingüismo harmônico”, pretende acelerar o processo de substituiçom lingüística.

Na sociedade, quem hoje encarna esse discurso som sectores em geral burgueses ou de classe média, maioritariamente urbanos, e politicamente de direitas, de origem franquista, ainda que nom só: também no jacobinismo e populismo de pseudoesquerda. Este discurso permeia a toda a sociedade, máxime quando estes sectores têm um grande poder na sociedade galega: o papel nada irrelevante dos meios de comunicaçom magnificando estas plataformas dam boa conta disto.

Frente a estes sectores e as suas acçons, temos que ser claros desmontando os seus argumentos, actuando com força em todos os sectores sociais e mobilizando-nos constantemente. Temos que conscientizar os sectores galego-falantes para fixar a língua neles, tentar recuperar para a língua a aqueles vacilantes, e mesmo aos espanhol-falantes favoráveis ao galego, no caminho do monolingüismo, que é óbvio que é objectivo que tardaremos muitos anos em conseguir.

Ainda hoje, aqueles que luitamos contra os exterminadores temos umha grande capacidade de actuaçom. Devemos exigir com intransigência (como diria Manoel Antonio) o cumprimento de todos aqueles direitos reconhecidos hoje, avondo vulnerados, visibilizando todas essas vulneraçons. Devemos usar a nossa capacidade de escolha para potenciar o galego em toda a nossa vida social (meios de comunicaçom, serviços, comércio…). Devemos fortalecer todas as organizaçons que defendam a língua, criando espaços públicos e privados onde o galego seja a língua dominante: associaçons de vizinhos, culturais, desportivas, centros sociais, o sindicato de classe e nacional que representa a CIG…

Desde Isca! queremos caminhar conjuntamente com todos aqueles que defendem o galego, e assim tentaremos fazê-lo sempre. Assim, ainda nom concordando coa maneira em que se convoca esta mobilizaçom, o que levou à falha de unidade e a exclusom de parte do movimento de defesa da língua, Isca! aposta, com generosidade, na participaçom dela, com a nossa mensagem de defesa do monolingüismo social e dos direitos colectivos, e na denúncia do sistema legal e do conflito lingüístico que existe realmente, que é a substituiçom lingüística.

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