Vem-se de celebrar a XI Asemblea Nacional de Galiza Nova, a falta dos processos de renovaçom comarcais. Da Proposta Militante queremos fazer, num exercício de transparência que achamos sempre fundamental, umha valoraçom do que foi este processo até o momento.Conforme às valoraçons que se realizaram prévias a este processo, e produto das dinámicas deste, a organizaçom juvenil Isca! e militantes independentes de Galiza Nova acharam preciso configurar umha candidatura á Dirección Nacional de Galiza Nova, com a participaçom mais ampla possível de militantes que concordassem coas análises do que acontecera ao longo do periodo interassemblear anterior e a actuaçom da maioria da direcçom política de Galiza Nova, assi como da nossa definiçom explicitamente anticapitalista e de soberanismo independentista. Froito deste processo nasceu “Proposta Militante” (PM)
Assim pois a nossa candidatura deu um amplo debate no Informe de Gestom, tenso mas que se estimou necessário para pôr de relevo todas as eivas que tinhamos denunciado nestes anos e que nom apareciam num Informe de Gestom, que ainda em algum ponto autocrítico, fazia um mero repasso de actividades sem análise política, passando por alto mesmo umha análise do que acontecera o 1 de Março, por exemplo, e de tom excessivamente triunfalista no global. Por tanto, o nosso voto foi negativo.
Junto com a nossa fonda crítica ao periodo passado, a PM considerava fundamental dar debates a respeito os textos a aprovar nesta Assembleia, já que consideramos que estes e nom outros factores externos tenhem que ser a nossa guia política de actuaçom social. Fôrom os companheiros e companheiras da PM os maiores protagonistas dos debates sobre o nosso programa político e o quadro jurídico-político imposto ao nosso país, a valoraçom da participaçom do BNG no governo, a actuaçom da área de mocidade, ou a necessidade de maior formaçom. Também impulsamos o debate as nossas necessidades e actualizaçons organizativas e do impulso à relaçom com os movimentos sociais e acçom de GN neles.
Igualmente, a nossa candidatura amosou o seu compromiso inequívoco com o feminismo , levando à Assembleia o debate sobre o trabalho que Galiza Nova nom realizou no passado período e o que deve desenvolver no que vimos de iniciar. Neste sentido vimos defendendo umha postura firme em defesa da necessidade de maior formaçom, de fazer da Assembleia de Mulheres de Galiza Nova um espaço para a reflexom e o debate onde as moças da organizaçom convivam e compartam as suas visons e modelos na luita pola emancipaçom das mulheres e pola superaçom do sistema patriarcal. Fôrom as moças e moços da Proposta Militante as e os que falárom de feminismo nesta Assembleia Nacional, reclamando umha maior implicaçom colectiva e espaços de debate em que também os moços da organizaçom tenham a oportunidade de se formar e implicar na luita feminista.
Parabenizamos a actitude construtiva mantida nos debates das Teses por parte da maioria política de GN, contraditória com a mantida nos debates comarcais e com o comportamento nestes últimos dous anos. Consideramos umha vitória da nossa candidatura, mas também do conxunto da organizaçom, a existência duns textos que retificam erros e incoerências do passado e assumem muitas das nossas análises sobre os últimos anos: exemplos som o texto aprovado em que se afirma que “devemos desterrar o discurso difuminado no nacional e no social que tem dominado no noso passo polo governo” a explicitaçom da necessidade dum “estado galego próprio” (ainda que sem definir a sua relaçom com o resto de territórios da Península), a postura contrária aos regulamentos municipais do botelhom aprovado polos governos municipais de muitas cidades galegas, a valoraçom sobre a necessidade de passar do “debate nominal ou sobre o nivel de competencias” da reforma estatutária a um “debate sobre a nosa falta de soberania”, entre outras.
Também valorizamos positivamente a aceitaçom dum mecanismo de base estatutária que permita a existência da pluralidade na Comissom Permanente de Galiza Nova, proposta que foi apresentada pola nossa organizaçom, secundada em Direcçom Nacional polos membros da candidatura “Entre todos Galiza Nova” e finalmente aceitada pola maioria.
Finalmente, e ainda nom recolhendo a totalidade das nossas propostas, como aquela que advogava por reconhecermo-nos explicitamente de esquerdas ou a concreçom num Estado independente da nossa aposta autodeterminista, resolvimos votar a favor das teses. Este apoio vem baseado em que representam um cámbio no discurso mantido até agora, que esperamos seja agora mantido na prática, questom em que estaremos vigilantes; e também na necessidade imperiosa de abrirmos umha nova etapa nom baseada no confronto permanente, polo que decidimos aportar o nosso grau de areia votando favoravelmente umhas teses que recolhiam parte importante das nossas achegas.
A Candidatura Proposta Militante resultou a segunda candidatura mais votada das três apresentadas, com 67 votos, o que reprenta um 21% do total, correspondendo-lhe 5 postos numha direcçom nacional de 25. Ainda depois dum periodo interassemblear onde a maioria da direcçom actuou de maneira excluinte, fomos capazes de manter a correlaçom de forças existente, mesmo aumentando cuantitativamente os nossos apoios. Isto merece-nos umha valoraçom positiva.
Para este novo periodo todos aqueles que participamos da Candidatura Proposta Militante queremos abrir um periodo de trabalho entre todos e todas e sempre em positivo, esperando que quedem atrás actitudes que nom ajudam em nada ao avanço do nacionalismo juvenil.
As teses aprovadas sentam um bom alicerce para modificar o rumo da organizaçom e retomar a iniciativa e capacidade de movilizaçom abandonadas neste ultimo período. Mas, se entre todas e todos nom amosamos vontade por concreta-las na práctica, ficarám em papel molhado. De Proposta Militante demandaremos em todo momento a materializaçom dos textos para que o anti-imperialismo, a batalha por um “estado galego soberano” e por um outro sistema económico, assi como o estabelecimento de condiçons dignas para o estudo, vivenda ou trabalho da mocidade galega, constituam dia a dia a praxe da organizaçom que devemos converter de novo em referencial para as moças e moços galegos.
Nom podemos terminar sem agradecer a confiança das dúzias de militantes que com a sua dedicaçom e intervençom contribuírom para reforçar as nossas propostas no debate, e nomeadamente a aquelas persoas que decidiram apoiar a nossa candidatura. Todas elas sabem que da nossa parte poremos todo o que faga falha para conseguir umha Galiza Nova actuante socialmente, combativa e de massas, que reuna cada vez mais mocidade a favor da liberaçom nacional e social do nosso povo.