A crise sanitária da COVID-19 parece ir desaparecendo das nossas mentes, mas os seus efeitos económicos, sociais e políticos ainda hão de perdurar. Nomeadamente, mantém-se como um claro exemplo da incapacidade do capitalismo de colocar a vida no centro, mesmo nos momentos em que esta é mais vulnerável.
Um maio inusitadamente cálido em toda a Europa como foi o deste ano recorda-nos também outra vulnerabilidade e outra crise em curso, a qual pareceu ficar num segundo plano em favor da atualidade política: a crise climática e ecológica. Esta, longe de ser uma catástrofe natural, é produto dum sistema económico cuja única lei é uma voracidade sempre crescente.
A mocidade galega olhamos ao nosso redor e vemos somente a crise a amorear-se sobre a crise. À sanitária e à ecológica vemos somadas a precarização laboral, as dificuldades para acedermos à vivenda, a escalada dos preços de primeira necessidade, a fenda demográfica, o recrudescimento do imperialismo estadunidense e o ressurgimento do fascismo no nosso panorama político. Perguntamo-nos que mundo estamos a herdar e que classe de vida nos é permitido vivermos nele.
Nós, comunistas do século XXI, sabemos que o único remédio para a desolação que nos rodeia é organizarmo-nos politicamente pela construção coletiva dum outro presente. Reafirmamos o nosso compromisso com a via socialista de libertação nacional como único caminho ainda aberto para a mocidade galega; isto é, como o único projeto viável para a consecução duma sociedade livre e justa, para a construção duma outra maneira de vivermos que seja quem de pôr a vida no centro.
Reafirmamos, pois, a nossa dedicação à luita socialista, independentista, feminista e LGBT, assim como a toda outra luita contra a opressão e a discriminação. Reconhecemos a necessidade de conjugar todas estas causas num mesmo movimento nacional-popular, força efetiva que faça abalar os alicerces do velho mundo, o qual, por si só, nunca acaba de morrer.
Mais um ano, já na edição número 16, as moças combativas de Isca! editamos em físico o nosso vozeiro nacional: o Combater.
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Viva Galiza ceive!
O futuro é das que luitam!