Galiza pola Soberania, iniciativa popular para caminhar cara à República Galega

200 pessoas, procedentes de diversos setores políticos, sociais e culturais, assinam o manifesto com o que se apresenta “Galiza pola Soberania”, umha inciativa popular plural e supra-partidária nascida para dinamizar o debate soberanista na nossa naçom e pôr sobre a mesa a necessidade de que Galiza conte com ferramentas políticas próprias e capacidade de decissom para superar o atual quadro político, social e econômico.

Esta iniciativa em favor da autodeterminaçom e encaminhada à construçom dum estado galego, enmarca-se plenamente na linha que sempre defendemos: a de possibilitar espaços de mobilizaçom e luita unitários para todas aquelas pessoas que acreditamos na necessidade dum processo de libertaçom nacional. É por isso que damos o nosso apoio à iniciativa e manifestamos desde já a nossa vontade de colaborar nas suas dinámicas.

A seguir pode-se ler o manifesto aprovado na assembleia da iniciativa:

Em Compostela, a 6 de julho de 2013 galegas e galegos a quem une:

  •  uma profunda inquietude sobre os graves efeitos que para a nossa nação tem a presente crise e as políticas antisociais ditadas pela Troika e desenvolvidas pelos governos espanhol e galego;
  • o convencimento de ser a nossa ação solidária como povo instrumento necessário para construirmos uma sociedade justa e igualitaria, de pessoas livres e responsáveis, em que os recursos do país sejam postos ao serviço do benestar coletivo em harmonia com a natureza.
  • o firme propósito de trabalharmos por esse futuro de emancipação nacional, social e de género.

Reunimo-nos em assembleia para refletir sobre as causas, mecanismos e vias de saída desta crise em que interesses alheios, gravemente lesivos para a maioria social, mergulharam a nação galega.

CONSIDERANDO que os poderes políticos e económicos que controlam o estado espanhol levam a cabo em interesse próprio:

  • o desmantelamento dos nossos setores produtivos, a exploração depredadora das nossas fontes energéticas, e ao medio;
  • unha campanha sistemática de assimilação cultural e linguística;
  • um processo constante de recentralização política e económica, agravado pela transferência de competênciasàs instituiçoes não-democráticas sobre as que se edifica a UE;
  • um ataque amplo e profundo às liberdades e direitos, coletivos e individuais, consumado por um Estado súbdito dos grandes poderes económicos e de poderes ideológicos.

CONSIDERANDO ademais

  • que a desigualdade crescente, a generalização da pobreza, o desemprego, a precarização laboral e a emigração forçada estão a provocar uma grave crise demográfica em cuja matriz é fator determinante a continua expulsão de gente moça;
  • que esta deriva demográfica pe em perigo, mesmo dum ponto de vista físico, a perpetuaçao do nosso país como povo;
  • que o atual quadro autonômico impossibilita a adoção das medidas necessárias para a resolução favorável dessa situação em beneficio da maioria social;
  • que somos portanto as mulheres e homens da nação galega, quem há de tomar nas suas mãos a responsabilidade de construir um futuro diferente, libre das políticas impostas polo EE e a UE;

CONSIDERANDO, finalmente

  • que apesar do discurso globalizador, só nos últimos 20 anos surgiram na Europa 12 novas nações independentes e muitas outras manifestam o seu desejo de se constituírem em estados por meios abertos, democráticos e cívicos, baseados em consultas à cidadania;

ACORDAMOS a criação duma iniciativa social, de nome Galiza pola soberania e

Por todo o anterior CHAMAMOS

  • a promover, por vias democráticas que tenham como eixo basilar o diálogo, a intervenção, o debate, a agitação social e a mobilização, a tomada de consciência da maioria do povo galego no processo de construção nacional, com o objetivo final de caminharmos cara a uma situação de soberania plena, fixada na consecução dun Estado Galego, antipatriarcal, social, laico e radicalmente democrático com base numa república para construirmos, de maneira pacífica e solidária, uma sociedade justa, livre e verdadeiramente igualitária.

Compostela, 6 de julho 2013

 

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