8 de março. Os direitos ganhados defendem-se, os direitos pendentes exigem-se

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Num contexto de crise económica como o atual, imerso de cheio numha reforma laboral que precariza ainda mais o emprego e reduz os direitos da classe trabalhadora, compre mais que nunca a mobilizaçom e a organizaçom para reclamar o protagonismo das nossas luitas diárias, com o fim de superar a sociedade patriarcal, procurando um sistema mais justo no que as mulheres tenhamos o pleno direito a ser donas dos nossos corpos, libertando-nos de imposiçons externas.

Estamos a atravessar umha situaçom de crise social direitamente relacionada com as crises alimentar, económica, ambiental e energética, e da que o sistema capitalista se está a aproveitar para incrementar a exploraçom, a privatizaçom de serviços públicos, recortar prestaçons e vulnerar direitos. Esta situaçom é sustentada por um sistema patriarcal que afeta a situaçom, já de por sim precária e injusta, na que nos achamos as mulheres trabalhadoras e que se manifesta em exemplos concretos: os recortes orçamentários dedicados à luita contra a violência machista ou a  reforma das pensons, que condena milhares de mulheres a umha situaçom de dependência dos seus maridos.

As mulheres afrontamos a crise económica e financeira numha situaçom de precariedade laboral, salarial e social que nos situa numha posiçom de vulnerabilidade e sinala-nos como objectivo principal no recorte de direitos do que o sistema se nutre para afortalar a sua pervivência nestes tempos de crise. O desemprego  feminino é mais alto, sofremos a desigualdade salarial, as nossas condiçons de trabalho som piores, temos mais dificuldades para ascender profissionalmente e ademais somos as que nos responsabilizamos do trabalho no fogar e do cuidado de filhos, filhas e familiares dependentes.

Por se for pouco, a contra-reforma da Lei do Aborto que vem de anunciar o ministro de justiça, Ruíz Gallardón, constitui um evidente retrocesso nos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, às que se nos nega de novo o direito a decidir sobre o nosso corpo. Nós, manifestamo-nos em contra dos recortes e contra esta eliminaçom de garantias jurídicas que nos deixa numha situaçom de maior desproteçom e inseguridade, recordando que qualquer retrocesso na legislaçom em matéria de aborto significa um maior risco para a saúde e a vida das mulheres. Queremos mudar o rol de género que se nos impom e exigimos o nosso legítimo direito a decidir sobre nós mesmas. Por isso, fazemo-nos eco da reivindicaçom histórica do feminismo e reivindicamos o aborto livre e gratuito.

É necessário construir desde o feminismo umha alternativa a este sistema que situe as mulheres como protagonistas da sua própria vida. Exigimos políticas que garantam os direitos adquiridos, apostando pola criaciom de emprego digno na nossa terra e que a crise nom a paguemos com o retrocesso das políticas educativas, de igualdade, de serviços sociais. Consideramos inaceitáveis as altas taxas de paro feminino, a discriminaçon salarial nos mesmos postos de trabalho e a exploraçom das mulheres com os contratos temporais, aos que há que engadir a situaçom específica de explotaçom das mulheres imigrantes.

A revoluçom socialista será feminista ou nom será!

Vivam as mulheres trabalhadoras, viva o 8 de março!

>>Descarga a nossa folha agitativa, Rebater, editada polo 8 de março

>>11 de março, manifestaçom nacional em Compostela: Mulheres em luita polos nossos direitos. Às 12h desde a estaçom do trem<<

Partíllao!

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